26 de agosto de 2011

Afonsinho Menino promove "Roda de Tambores" no projeto Escola da Família

Os encontros gratuitos são realizados duas vezes por mês

Desde agosto, o percussionista Afonsinho Menino tem dedicado dois domingos por mês ao programa Escola da Família, como voluntário. Com isso, os frequentadores de fim de semana do colégio estadual “Marina Cintra” ganham a oportunidade de aprender, gratuitamente, ritmos afro-brasileiros variados na Roda Ylu Brazil de Tambores.

“Acho importante transmitir os conhecimentos que também aprendi, num lugar como esta escola pública, que pode se tornar um grande centro de cultura aos sábados e domingos. Quem sabe, daqui, surja um talento musical, alguém que descubra seu próprio potencial nesta experiência”, afirma o músico.

Já no primeiro dia de atividade, o grupo se surpreende ao executar – sob a batuta do mestre Menino – os comandos percussivos ensinados de modo lúdico e simplificado. Em pouco tempo a música toma conta do pátio da escola, atraindo curiosos e outros voluntários do projeto, também encantados com o inusitado desempenho da “banda”.

Para apresentar especificidades musicais e desenvolver a habilidade dos participantes, o percussionista faz uso de equipamentos bastante simples, como latinhas recicladas que se tornam instrumentos sonoros no jogo rítmico. Ele também ensinou fazer baquetas, utilizando cabos de vassoura e tecidos ou meias velhas.

Os tambores, levados para a atividade, é outra atração à parte. Afonsinho faz questão de mostrar à turma que são feitos de materiais alternativos e recicláveis. “E isto sem comprometer a qualidade sonora dos instrumentos”, garante.

A expectativa de Afonsinho Menino é ter a oportunidade de ensinar a confecção destes eco-tambores e formar uma grande orquestra percussiva. Para isso, precisaria de materiais como tubos de papelão, latas grandes redondas ou tambor de azeitona para o corpo, além de couro e corda. As doações podem ser feitas diretamente na escola.

Até lá, segue suas atividades com criatividade, ensinando muito mais que ritmos percussivos e técnicas de luthieria. Com sua ação voluntária, mostra que o desenvolvimento de uma sociedade perpassa o ato individual de cada cidadão quando este é capaz de transmitir o que sabe e aprender com o outro que, independente de idade, também tem muito a ensinar.


Fotos e texto: Renata Gobatti

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