4 de setembro de 2019

Vivência musical mistura ancestralidade e modernidade nos ritmos africanos, no Sesc Guarulhos

foto: Jana Arrais

Trio Felafunk é inspirado no músico ativista Fela Kuti e no funk como expressão legítima da linguagem musical negra


Proporcionar uma vivência rica em ritmo e swing, misturando a ancestralidade a novas formas de expressão musical. Essa é a essência do Whorkshow Ylu Afrofuturismo – Percussão com Felafunk, que será realizado no Centro de Música do Sesc Guarulhos, dias 7 e 8 de setembro (sábado e domingo), das 15h às 18h. Grátis.

Em dois encontros com três experientes músicos – Afonsinho Menino (percussão), Gabriel Magazza (guitarra) e Richard Fermino (sopro) – os participantes terão a oportunidade de conhecer e experimentar a percussão com bastante liberdade, além de vivenciar a música de uma forma muito rica e autêntica, mantendo sempre presente o diálogo da modernidade com a herança rítmica africana, trazida ao protagonismo.

No primeiro encontro, além de um bate-papo com os músicos, o grupo conhecerá na prática vários timbres e células rítmicas extraídas dos instrumentos de percussão. O segundo encontro será para preparar os participantes para executarem uma ou duas músicas com o trio Felafunk, no encerramento do Whorkshow recheado de informações e muita música.

Felafunk é inspirado na mistura e na experimentação musical do ativista artista político e multi-instrumentista nigeriano Fela Kuti (Abeokuta, 15/10/1938 – Nigéria, 02/08/1997), pioneiro do gênero Afrobeat. O funk entra também como forma de expressão legítima da linguagem musical negra que se originou na década de 60 nos Estados Unidos e ganhou uma dimensão enorme nas periferias do Brasil, mantendo em sua batida as células rítmicas do maculelê e do congo de ouro.


Sobre os músicos
AFONSINHO MENINO - Músico, compositor, luthier de tambores, educador e pesquisador, Afonsinho Menino tem mais de 30 anos de contribuição à música. Iniciou sua formação em 1982. Em sua carreira, tem atuado em grupos musicais e trabalhos solos, além de ministrar cursos, workshops e oficinas em diversos municípios paulistas, em bibliotecas, parques, escolas, centros culturais, Itaú Cultural, Ongs, empresas e unidades do SESC-SP, entre outros. Atualmente integra os grupos Carimbó é o Bicho! e Carimbolando (carimbó paraense), Tropeiros da Serra (forró pé-de-serra), Mayombe (afro-latina), Sendero (músicas latino-americanas), Só Conversa e Qualquer Lugar (instrumental autoral – percussão e sopro/ piano). Ministra aulas de música e confecção de instrumentos em projeto social, com adolescentes em medidas socioeducativas. Produz e comercializa instrumentos de percussão (www.elo7.com.br/ylubrazil). Já participou de programas de TV, como Sr. Brasil (Cultura) e Estúdio Aberto (TV Osasco).


GABRIEL MAGAZZA - Músico, compositor, arranjador, psicólogo e psicanalista. É fluente em guitarra, baixo elétrico, violão e instrumentos de percussão em geral.  Possui experiência em ministrar oficinas de percussão, percussão corporal e construção de instrumentos musicais. Desde 2014 co-coordena a oficina de percussão e construção de instrumentos musicais voltada para adolescentes em cumprimento de medidas de prestação de serviços à comunidade, possuindo experiência no planejamento e na organização de apresentações públicas em parceria com serviços da Assistência Social e da Saúde. Na música, iniciou sua carreira como baixista e compositor aos 14 anos de idade. Já atuou como baixista, guitarrista e vocalista em diversos grupos musicais da cidade de São Paulo. É baixista, compositor e arranjador do quarteto instrumental “Culto ao Rim” desde 2000, tendo gravado 3 discos lançados de forma independente e se apresentado em parceria com artistas como o músico Arrigo Barnabé e em festivais onde também tocaram Hermeto Paschoal, Elza Soares, Tom Zé, Pepeu Gomes, Jorge Mautner, entre outros. Atualmente se apresenta com as bandas “Culto ao Rim” e “Os Fadas” (onde é vocalista e guitarrista). Já compôs cerca de 30 músicas, entre canções e temas instrumentais ao longo da carreira.

RICHARD FERMINO - Iniciou seus estudos musicais com o saxofone em 1986, na Guarda Mirim de Piracicaba. Após dois anos, ingressou no Conservatório Carlos Campos, de Tatuí, no estudo do clarinete, onde participou de grupos de música de câmera, duos com plano e da banda Projeto Sinfônico. Em 1991, estudou clarinete na Escola Municipal de Música de São Paulo (EMESP). Participou de diversas big bands como: “Big Band Curare”, “Pirajazz Band” e inúmeras bandas de baile. De 1993 a 2003, trabalhou com a dupla João Paulo e Daniel e mais tarde com o cantor Daniel, participando da gravação de dois CDs ao vivo e um DVD. Participou também da gravação de vários CDs instrumentais como “Projeto Brasil”, “Cambada Jazz Combo” e trilhas de filmes como “Tapete Vermelho”, onde gravou todos os instrumentos de sopro (flauta, clarinete, saxofone, trombone, trompete e tuba). Trabalhou também no musical “O Fantasma da Ópera”, como clarinetista e flautista. Atualmente toca em diversas bandas como “Banda Blue Note SP”, “Eletric Hendrix Ensemble”, “Big Band Zerró Santos”, “Culto ao Rim”, “Banda Sinhô Preto Velho”, “Grupo Água Viva”, entre outras, além de gravações, bailes e casamentos.


Texto: Renata Gobatti

2 de maio de 2019

Afonsinho Menino ensina confecção de instrumentos no Sesc Taubaté em maio

Materiais recicláveis serão usados na produção dos instrumentos 

Já pensou em transformar potes de iogurte, sobras de conduíte e até tampinhas plásticas de garrafa em instrumentos musicais? Essa é a ideia da Oficina de Construção de Instrumentos com Material Reciclável, que o Sesc Taubaté vai oferecer todos os sábados de maio, a partir do dia 4. Para conduzir esse aprendizado, convidou o músico, educador e construtor de instrumentos de percussão, Afonsinho Menino.
 
A aprendizagem é simples, passo-a-passo, e pode ser acompanhada por crianças e adultos. Serão quatro instrumentos diferentes, um a cada sábado do mês. Dia 4/5, ganzá ecológico; dia 11/5, efeito de tampinha plástica; dia 18/5, reco-reco de conduíte; e dia 25/5, eco maraca. “Não são instrumentos descartáveis, que chega em casa já estragados. Apesar de usar materiais reciclados, são resistentes e com ótima sonoridade”, afirma Afonsinho.

O mais interessante é que com o instrumento pronto, os participantes vão aprender a extrair sons dele, a partir de ritmos do repertório popular, além de conhecer outros instrumentos percussivos de forma divertida e lúdica. A atividade integra pessoas, estimula novas conexões cerebrais, acalma, promove autoconhecimento, ameniza a dor, induz ao movimento, melhora a comunicação, aumenta a imunidade, cria vínculos e ativa a memória. Além disso, libera dopamina, causando sensação de bem-estar.

A atividade é gratuita, com início sempre às 10h30. Interessados precisam se inscrever na Central de Atendimento. As vagas são limitadas.

AFONSINHO MENINO 

Percussionista, luthier e pesquisador, Afonsinho Menino tem mais de 30 anos de atuação na música. Em sua carreira, tem participado de grupos musicais e trabalhos solos, montado exposições, construído e recriado instrumentos percussivos, além de ministrar workshops e oficinas para públicos de todas as idades. Já desenvolveu atividades em diversos espaços e equipamentos culturais como unidades do Sesc/SP, Itaú Cultural, Museu da Imagem e Som - MIS, Prefeituras, Secretaria de Estado, centros de cultura e projetos sociais não apenas de municípios paulistas, mas também em outros Estados.


Fotos e texto: 
Renata Gobatti