22 de novembro de 2010

Tambores ganham eco no Dia da Consciência Negra

Os tambores ecoaram na Sé. A Missa Afro, realizada dia 20 de novembro, lotou a Igreja no Dia da Consciência Negra. Pela primeira vez, cerca de quinze pessoas - incluindo Afonsinho Menino, Orikerê, Julio Nascimento e músicos de diversas paróquias - se uniram para tocar e "africanizar" a liturgia católica que destacou a importância da etnia na cultura e na formação do povo brasileiro.

Homens, mulheres e crianças, vestidos com seus trajes africanos, tornaram ainda mais bela a cerimônia. Em diversos momentos, a música conduziu os presentes numa verdadeira comunhão, reforçando a mensagem de respeito mútuo entre os povos e suas diversas origens. "Os tambores representam parte de nossa cultura ancestral, por isso ainda estão ligados a nossa religiosidade, ao sagrado", afirma Afonsinho.

Também não faltaram lembranças aos personagens históricos, ícones da resistência e da luta pela liberdade, como Zumbi dos Palmares, aplaudido pela multidão.

Organizada pela Coordenadoria de Assuntos da População Negra (CONE) em conjunto com a Organização das Pastorais Afro da Região Metropolitana de São Paulo, a missa foi presidida por Padre Luiz Henrique.


Congadas se encontram na Praça da Sé

A programação especial no Dia da Consciência Negra continuou após a Missa Afro. Na Praça da Sé houve encontro de grupos de Congada e Moçambique, manifestação que continuam renovando a celebração da coroação do Rei Negro - ícone da tradição africana que resiste e é renovado ano a ano, mesmo longe de seu continente.

Dona Ivone Lara, Oswaldinho da Cuíca, Funk como Le Gusta e Gerson King Combo fizeram parte do encerramento do evento na Praça da Sé.


Fotos e reportagem: Renata Gobatti


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